O Luís está de castigo
E sente-se injustiçado.
Diz que a culpa não é dele
Porque nada fez de errado.
Só queria jogar à bola
Mas a mãe não o deixou
E só por estar a chover
Para casa o chamou.
Por isso, armou um jogo
Lá na sala de jantar:
A lareira era a baliza
Onde um golo ia marcar.
Pôs a bola em posição
E chutou com toda a gana:
Mas o remate foi «ao poste»
E acertou na porcelana.
Fez-se em cacos o jarrão
Que o avô trouxe de Macau:
O Luís, pobre coitado,
Levou com a colher de pau!
Durante toda a semana
O castigo é p'ra durar:
Não há tablet nem TV,
Fica no quarto a estudar.
- Isto é uma injustiça! -
Diz o Luís, sem razão -
Eu não fiz nada de mal,
A culpa foi... do jarrão.
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