Uma colher de pau foi apurada para a tropa. Uma semana antes da data em que tinha de se apresentar à recruta, fez a trouxa e pôs-se a caminho do quartel de Mafra. E lá foi aos saltinhos num só pé, que é o que fazem todas as colheres de pau quando têm de se deslocar pelos seus próprios meios.
Passou o primeiro dia e não havia meio de lá chegar. Passou o segundo dia e não havia meio de lá chegar. Passou o terceiro dia e não havia meio de lá chegar. Passou o quarto dia e não havia meio de lá chegar. Ao quinto dia ainda ela estava demasiado longe do seu destino, mas suficientemente perto de casa para voltar para trás. E foi o que fez.
O que é estranho é que nunca deram pela sua falta. Uma colher de pau podia dar muito jeito na resolução de alguns dos mais graves conflitos mundiais!
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